A estudante e moradora de Ceilândia (DF), Nathália Luiza Carvalho, 19 anos, começou recentemente uma nova fase da vida: ela cursa, agora, o segundo semestre de fisioterapia em uma faculdade particular de Brasília.

O início do ensino superior veio carregado de mais uma responsabilidade: procurar um emprego para ajudar nas despesas da família e, sobretudo, na mensalidade do curso.

Logo no início das aulas do primeiro semestre, ela optou por vender bolos na própria faculdade como forma de arrecadar dinheiro, mas busca, atualmente, uma ocupação fixa. “Procuro algumas vagas na internet e fico sabendo de outras por meio dos amigos. Na maioria das vezes, vou pessoalmente até o local e entrego meu currículo”, explica.

A única experiência de Nathália com o mercado de trabalho foi em um estágio de nível médio. Apesar de otimista, ela confessa que tem um grande receio na hora de buscar novas oportunidades e enfrentar a entrevista de emprego, um recurso muito comum nos processos seletivos das empresas.

“A minha entrevista de estágio foi um momento bem tenso. Perguntaram coisas que eu não sabia, fiquei muito nervosa. Questionaram desde coisas práticas do trabalho até onde eu pretendia estar em cinco anos”, lembra.

A primeira entrevista

Estar frente a frente com representantes de empresas pode ser mais assustador se essa for a primeira vez que o jovem encara a experiência. Com Nathália, também foi assim.

“Eles buscavam experiência, e eu falei que não tinha, mas que havia feito cursos de informática, trabalhei na igreja e disse que me sentia pronta para o trabalho. Acho que isso fez diferença”, conta.

Para Rita Brum, o caminho escolhido por Nathália é próximo do ideal.“O candidato deve rever tudo o que já fez na vida, mesmo durante a vida escolar, na igreja ou qualquer ambiente em que tenha conseguido demonstrar as competências. É importante mencionar resultados concretos”, indica Rita Brum.

Demonstrar confiança, como Nathalia fez, também é uma boa estratégia, segundo a consultora de carreira Carla Carvalho. “O importante é o candidato garantir que tem competência, habilidade e conhecimento para realizar as funções e necessita apenas de uma oportunidade para colocar em prática.”

Tipos de seleção

Geralmente, empresas utilizam várias técnicas de seleção e cada uma tem um objetivo específico, segundo a mestre em cultura organizacional e especialista em administração de recursos humanos, Rita Brum.

A dinâmica de grupo, por exemplo, serve para filtrar um número muito grande de candidatos para a entrevista individual.

“Se a empresa quer selecionar 300 candidatos, por exemplo, não pode entrevistar todas, então usa a dinâmica para fazer triagem das que demonstram perfil mais adequado às vagas”, explica Rita.

Antes da entrevista

A vestimenta pode passar uma impressão positiva ou negativa na hora da entrevista, segundo Rita Brum. Para não ter erro, a dica é se informar sobre qual o estilo da empresa.

“Em um escritório de advocacia, a melhor opção certamente é um terno. Uma empresa de engenharia já pede algo diferente”, explica. Para as mulheres, alguns conselhos são universais: decote, maquiagem e acessórios não devem ser exagerados.

O entrevistador geralmente checa informações do currículo, então é importante que todas as informações do documento sejam verídicas. Ele pode também pedir exemplos concretos de resultados em cada experiência mencionada.

Em alguns casos, o empregador pergunta, também, a pretensão salarial do candidato. “O jovem pode pesquisar na internet ou junto aos sindicatos o piso salarial para a vaga que pretende: analista, auxiliar, assistente, servidor etc”, afirma Rita Brum.

Fonte: Portal Brasil

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