Desde o início das obras de transposição do Rio São Francisco, em 2008, mais de 136,7 mil animais já foram resgatados ao longo dos 477 km de extensão do projeto. Desses, 116,5 mil (85%) já foram devolvidos à natureza.

Paralelamente às obras que buscam abastecimento de água para 12 milhões de pessoas em 390 municípios nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, é desenvolvido um trabalho de preservação ambiental por onde os empreendimentos passam.

São 38 estratégias ambientais para garantir a proteção à vegetação e animais locais. Um delas, o Programa de Conservação de Fauna e Flora tem como objetivo monitorar a biodiversidade nas áreas das obras em Pernambuco, Ceará e Paraíba.

No total, o Ministério da Integração Nacional já investiu mais de R$ 117,1 milhões nas ações do Programa de Conservação da Fauna e Flora do Projeto de Integração do Rio São Francisco.

“Toda obra causa impactos, o que estamos fazendo é minimizar esse impacto e, muitas vezes, aumentando as consequências positivas, pois alguns reservatórios, quando cheios, chamam novamente os animais para a região”, destaca a coordenadora-geral programas ambientais do Ministério da Integração Nacional, Elianeiva Odísio.

Etapas

Antes do desmatamento necessário às obras, uma equipe percorre a área afugentando os animais para longe do local. Os feridos, acidentados ou que por qualquer motivo, não conseguem se locomover são resgatados.

Os animais são então acondicionados em gaiolas e contêineres e, posteriormente, soltos a uma distância de aproximadamente 5km do local do resgate. Os outros são tratados e cuidados até terem condições de voltarem à vida selvagem.

Descoberta de espécies

Atualmente, algumas espécies vulneráveis e em perigo de extinção estão sendo reabilitadas, como: cutia, gato-do-mato e gato-mourisco. Já foram reintegrados à natureza veados, tatus, tamanduás, macacos, papagaios, cachorros-do-mato, gatos-do-mato, guaxinins, papagaios, maracanãs, jiboias, entre outros.

“Além do resgate, estamos descobrindo novas espécies não registradas, como, por exemplo, uma abelha que não produz mel mas que tem papel importante na polinização da caatinga”, conta Elianeiva.

Além de monitorar a biodiversidade vegetal e animal nas áreas das obras, o programa de Conservação da Fauna e Flora do projeto fornece subsídios para adoção de medidas que tornam o empreendimento ecologicamente sustentável.

“O Ministério da Integração tem a responsabilidade tanto de executar a obra quanto de preservar o ambiente, desde o ministro até o operário”, destaca a coordenadora.

Fonte: Portal Brasil

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