São Paulo/SP – Acordo assinado na quinta-feira (19) entre o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e a Odebrecht, empresa construtora do estádio do Corinthians, conhecido como Itaquerão, que vai sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014, proíbe a prestação de horas extras pelos operadores de guindaste da obra.

A medida pretende aumentar a segurança das operações de finalização do estádio, onde dois trabalhadores morreram, em 27 de novembro, após a queda de um dos guindastes.

O acordo proíbe também que operários trabalhem na cobertura do estádio à noite (das 20h às 6h). Durante o dia, o trabalho está liberado. No entanto, se for feito em regime de hora extra, uma equipe de segurança deverá acompanhar a operação.

Nenhum trabalhador envolvido no transporte de carga por guindaste poderá fazer hora extra à noite, acrescenta o acordo. MTE e Odebrecht concordaram também que deverá ser feita a contratação de 80 trabalhadores até o dia 28 de janeiro, para suprir a mão de obra necessária.

Como haverá redução salarial por conta do fim das horas extras, a empresa pagará, como indenização aos trabalhadores prejudicados, o valor correspondente à média das horas extras feitas nos últimos 12 meses.

O documento ainda prevê que a empresa contrate o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para fazer a perícia no guindaste acidentado. Assim que o IPT permitir, o equipamento poderá ser retirado do local, processo necessário para a continuidade das obras.

A Odebrecht disse que já tem todos os autos de desinterdição da área do acidente, e espera apenas um comunicado oficial do IPT para iniciar a operação de retirada do equipamento, o que poderá ter início ainda amanhã. Hoje, membros do IPT já trabalhavam no local.

Atualmente, todos os oito guindastes intactos da obra estão liberados para os trabalhos. Para a retirada do guindaste acidentado, serão necessárias 88 carretas. O equipamento danificado, no entanto, deverá ser retirado do local do acidente, mas permanecer no canteiro de obras por algum tempo.

“A empresa negociou com a gente de maneira muito franca, para que a gente fizesse os ajustes sem atrasar a obra. A nossa parte nós cumprimos, se atrasar é por conta e risco da empresa”, disse o superintendente regional do MTE, Luiz Antônio de Medeiros.

Fonte: Revista Proteção

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