Países não se entendem em relação ao Protocolo de Quioto.

Rio – O Protocolo de Quioto, único tratado internacional sobre redução de emissões em vigor, perdeu força na 16ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-16) em Cancun (México). O desafio é atualizar o acordo, de 1997, que tem prazo para acabar: 2012. Mas impasses observados há um ano, na COP-15, na Dinamarca, estão se repetindo, embora com nova roupagem.

Uma proposta alternativa da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) é estabilizar as concentrações de gases poluentes na atmosfera — em substituição ao protocolo. Mas também não há acordo sobre ela. Brasil, China e Índia estão brigando para atualizar o protocolo, porque sem ele não há financiamento para projetos locais, por meio dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). “O Protocolo é o pilar indispensável do sistema. Se colapsar, as consequências serão sentidas na arquitetura da mudança climática”, disse o chefe dos negociadores da China, Su Wei.

A Aliança de Pequenos Estados Insulares (Aosis), que reúne 43 pequenos países-ilha, que correm riscos com a elevação do nível do mar, mostrou-se frustrado com a lentidão nas negociações sobre o futuro do protocolo. Eles defendem o compromisso fechado em Copenhague há um ano, de que as emissões de gases causadores do aquecimento global alcançariam um máximo em 2015. O Brasil emitiu alerta de que a falta de compromissos e ações dos países mais e menos desenvolvidos conduza a um fracasso da COP-16. O País apoia um segundo período de Quioto, com metas de redução de emissões de entre 25% e 40%, em relação a 1990.

Depois do combustível, o plástico

Novidades fazem parte dos painéis da COP-16. A Braskem, empresa produtora de resinas termoplásticas, aportou no México disposta a revolucionar a indústria. Durante o encontro, a companhia quer contribuir para colocar o Brasil na vanguarda com o plástico verde, feito de cana-de-açúcar.

Em setembro, a empresa inaugurou a primeira unidade mundial para fabricação em escala industrial do eteno verde. Também anunciou a conclusão da etapa conceitual do projeto de nova planta de propeno verde, que começa a operar em 2013. A tecnologia da resina sustentável é mostrada na conferência como uma das principais soluções para a economia de baixo carbono.

Fonte: O dia Online

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